Índice de Confiança do Consumidor - Abril de 2024
Índice brasileiro cai 3,5 pontos em abril, a segunda maior queda entre todos os países pesquisados; é a terceira queda consecutiva do Brasil
A onda de abril do Índice de Confiança do Consumidor, monitorado pela Ipsos em 29 países, traz Brasil e Argentina como os dois grandes destaques, mas em direções opostas. O indicador brasileiro caiu -3,5 pontos em relação ao último mês, fechando abril com 53,3 pontos. Já o indicador argentino subiu +3,7 pontos, deixando os “Hermanos” com 44,5. Embora no geral, o índice brasileiro seja positivo, por estar acima da linha de neutralidade (50 pontos) e o argentino indique um momento ainda pessimista, o que ambos os países têm em comum são as fortes e constantes oscilações.
Olhando para o Brasil, o país registra sua terceira queda consecutiva – embora tenha havido uma recuperação em fevereiro, desde novembro todos outros meses foram de quedas. A queda de -3,5 pontos deste mês foi a segunda maior entre todos os países pesquisados – atrás apenas da Índia, que caiu -5,2 –, e é a maior do Brasil desde o início da gestão Lula.
O sinal é claro: o governo federal não vive um bom momento e os reflexos já são percebidos na própria aprovação de Lula, que vem caindo a cada nova medição. Os indicadores macroeconômicos também já refletem este momento pouco promissor para a economia: o Ibovespa encerrou em 16 de abril o quinto pregão seguido em queda consecutiva; o dólar também segue subindo – a moeda norte-americana acumula uma alta de mais de 8% sobre o real desde janeiro, atingindo maior valor dos últimos 13 meses. No início do mês, os consumidores também foram diretamente impactados pelo aumento dos preços de medicamentos, que subiram em 4,5%. Todos estes indicadores são muito visíveis e mostram a fragilidade da economia brasileira neste momento e impactam a confiança no consumo.
Já a Argentina, que vinha de dois meses consecutivos de quedas, após o “boom” de otimismo pós-eleição, voltou a crescer graças a melhora em alguns indicadores dramáticos para o país, em especial a inflação, que fechou em 11% em março – desacelerando pelo 3º mês seguido.
Por fim, vale a pena darmos uma olhada rápida também no índice dos Estados Unidos, que vive um ano de eleição presidencial – uma das mais disputadas das últimas décadas. A confiança do consumidor estadunidense se mantem estável, com duas leves altas consecutivas, + 1,1 pontos em março e +0,3 pontos em abril. A estabilidade neste momento é favorável para o governo Biden, já que mantém os EUA com 53,4 pontos, ou seja, em um momento de otimismo no consumo. O campo da pesquisa, no entanto, não pegou a escalada do conflito armado no oriente médio, por isso, continuamos de olho nos desdobramentos que a guerra pode gerar na confiança dos norte-americanos.
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Leia a reportagem do Valor Econômico sobre este tema.
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