Índice de Confiança do Consumidor - Fevereiro de 2024

Melhora das projeções de crescimento da economia neste ano ajudou a elevar otimismo

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil
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A nova onda do Índice de Confiança, apurado pela Ipsos em 29 países, mostra que o movimento pessimista que vinha se desenhando com três meses consecutivos de queda, teve uma pausa. O indicador brasileiro subiu 1,9 pontos em relação a janeiro, e fechou em 58 pontos (lembrando que o índice vai de zero a 100, sendo 50 a linha de neutralidade). O número mantém o Brasil entre as quatro nações mais otimistas entre as que estão presentes no estudo, ficando atrás de Índia, Indonésia e Tailândia. Vale ressaltar que o campo da pesquisa ocorreu na primeira semana do mês de fevereiro, por isso não reflete nenhuma polêmica recente.

Entre os fatores que podem explicar a melhora em relação ao mês de janeiro podemos citar as projeções mais otimistas do mercado de aumento do PIB brasileiro. Alguns impactos positivos também foram diretamente sentidos no bolso dos consumidores, como a bandeira verde nas contas de luz que foi mantida pela Aneel ao longo de todo o último mês. Vale ainda pontuar que, historicamente, janeiro é um mês mais pessimista no que diz respeito à confiança no consumo, já que as dívidas feitas com as compras de fim de ano incidem em sua maioria neste mês, por isso uma melhora da confiança em fevereiro já era esperada.

Olhando os dados de outros países pesquisados, destaco a Argentina, cujo índice de confiança tinha apresentado uma forte melhora no primeiro mês após a eleição de Javier Milei – um movimento de otimismo bastante comum no pós-eleição, e que também vimos no Brasil após a posse de Lula. No entanto, a lua de mel dos hermanos durou muito pouco, e em fevereiro o indicador argentino já despencou 2,7 pontos, deixando o país entre as quatro maiores quedas do mês. 

Leia a reportagem do Valor Econômico com os nossos dados


 

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil