MARCAS X ESG: RESPONSABILIDADES, PROTAGONISMO E AUTONOMIA
Joana Camargo, diretora em Innovation na Ipsos no Brasil, reflete sobre o local de fala das empresas quando o tema é o ESG
No artigo “Marcas x ESG: Responsabilidades, protagonismo e autonomia”, Joana Camargo, diretora em Innovation na Ipsos no Brasil, discute o papel crescente do ESG (Ambiental, Social e Governança) nas empresas, destacando a complexidade e relevância do tema. A autora reflete sobre a proliferação de discussões sobre ESG, sugerindo que, embora haja um aumento na quantidade de informações, a qualidade nem sempre acompanha. Ela conecta ao tema as preocupações dos brasileiros, destacando pobreza, desigualdade social, crime, saúde, desemprego e corrupção.
O texto explora a responsabilidade das empresas em abordar questões sociais e ambientais, indicando que mais de 90% dos representantes empresariais acreditam que resolver problemas sociais não é apenas responsabilidade do governo, segundo a pesquisa Reputation Council 2022, feita pela Ipsos. Contudo, a falta de padronização nas medidas ESG e a subjetividade associada ao pilar social são dificuldades encontradas na prática.
Destaca-se o papel crucial da comunicação e da transparência nas estratégias ESG das empresas, com ênfase na etapa de "Fala/Voz ativa". O texto aborda a importância da identificação da vocação da empresa, enfatizando a participação dos colaboradores como "advocates", que acontece somente quando há identificação com as causas adotadas pela empresa. Também destaca a necessidade de transparência e prestação de contas em todas as decisões corporativas.
Joana destaca a necessidade de inovação e ação genuína nas estratégias ESG, mencionando que o movimento em direção a uma maior aceitação dos conceitos ESG é inexorável, mas pode enfrentar retrocessos. A segmentação de grupos de pessoas com diferentes níveis de engajamento e preocupação ambiental é apresentada como uma ferramenta útil para direcionar esforços de desenvolvimento e comunicação.
Ela conclui com a ideia de que não há estratégia em sustentabilidade se ela não for a própria estratégia da empresa, destacando a importância de um compromisso real com a sustentabilidade, refletido na governança corporativa.