Brasileiros continuam a apoiar o direito ao refúgio

A pesquisa Dia Mundial do Refugiados revela que em todos os 29 países pesquisados, o apoio aos direitos dos refugiados supera a oposição. Em média, 67% dos entrevistados concordam que as pessoas deveriam poder se refugir em outros países.

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil
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Um novo estudo global da Ipsos, realizado em 29 países, incluindo o Brasil, revela que os brasileiros continuam a apoiar fortemente o direito ao refúgio. A pesquisa, conduzida por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, mostra que 77% dos brasileiros concordam que as pessoas devem poder buscar refúgio em outros países, incluindo o Brasil, para escapar de guerras ou perseguições. Este número se mantém estável em comparação com o ano anterior.

A pesquisa também revela que 26% dos brasileiros entrevistados, defendem o fechamento total das fronteiras para refugiados. Apesar do número ser significativo, o Brasil ocupa o último lugar do ranking dos países que mais apoiam o fechamento das fronteiras para refugiados, a média global é de 49%.  Este dado demonstra uma divisão de opiniões sobre como lidar com o deslocamento humano, mesmo com a forte corrente de apoio ao direito de refúgio. O estudo destaca a necessidade de se compreender as complexas atitudes públicas em relação aos refugiados para que governos e organizações internacionais possam desenvolver políticas eficazes de apoio e integração.

A realidade das escolhas dos refugiados
Embora não exista qualquer obrigação legal de os refugiados pedirem asilo no primeiro país seguro, a maioria permanece nesse país inicial, muitas vezes vizinho do seu país de origem. Isto deve-se a recursos limitados, à esperança de regressar a casa, a costumes semelhantes e à relutância das nações mais ricas em fornecer rotas seguras.

No entanto, alguns perseveram em direção a destinos específicos devido a ligações existentes - conhecer alguém, falar a língua ou ter laços culturais. Estas ligações proporcionam conforto durante a agitação. As viagens dos refugiados são perigosas e estas decisões não são tomadas de ânimo leve.

 

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil

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