Eleições e redes sociais: a batalha contra a desinformação e os problemas de confiança
A confiabilidade das informações on-line é crucial durante as eleições. Por isso, a Unesco e a Ipsos decidiram realizar uma pesquisa em 16 países* onde serão realizadas eleições gerais em 2024. As pessoas acham que a desinformação já teve impacto na vida política em seu país? Estão preocupados que a desinformação impactará a próxima campanha?
As principais descobertas foram:
· 56% dos usuários de internet nos 16 países pesquisados frequentemente usam as redes sociais como sua principal fonte de notícias, ultrapassando a televisão em 44%.
· A confiança na mídia tradicional permanece alta, com 66% dos entrevistados confiando nas notícias da televisão, 63% confiando nas notícias do rádio e 61% confiando nas notícias da mídia impressa.
· Os usuários da Internet experimentam uma alta prevalência de desinformação nas redes sociais, com 68% indicando que a desinformação é mais difundida lá.
· 87% dos entrevistados expressaram preocupação com o impacto da desinformação nas próximas eleições em seu país, com 47% "muito preocupados".
· 67% dos usuários da Internet encontraram discurso de ódio online, com a maioria acreditando que é mais prevalente no Facebook (58%).
· Há um forte apelo pela regulamentação, com 88% acreditando que tanto os governos e órgãos reguladores quanto as plataformas de mídia social (90%) devem abordar questões de desinformação e discurso de ódio.
· A maioria dos usuários da Internet (89%) apoia a ideia de que governos e reguladores devem aplicar medidas de confiança e segurança nas plataformas de mídia social durante as campanhas eleitorais.
· Apenas 48% dos cidadãos entrevistados relataram conteúdo online relacionado à desinformação no contexto de uma campanha eleitoral.
* Áustria, Bélgica, Croácia, Romênia, Estados Unidos, Argélia, República Dominicana, Indonésia, México, África do Sul, Ucrânia, Bangladesh, El Salvador, Gana, Índia, Senegal