Pesquisa Ipsos-Truckpad com caminhoneiros
A PARALISAÇÃO
Uma primeira informação que a pesquisa traz é a confirmação da influência da Internet na formação da paralisação. 45% dos caminhoneiros tomaram conhecimento pelo app WhatsApp e 9% via Facebook, ou seja, as redes sociais foram o meio de disseminação da paralisação para mais da metade dos caminhoneiros.
Cabe notar, ainda, que apenas 1% foram convocados por sindicato ou associações, mostrando que realmente trata-se de um movimento iniciado pela coletividade dos motoristas, não tendo partido de nenhuma organizações central. A grande maioria (82%) informou não fazer parte de nenhuma associação.
A SITUAÇÃO ATUAL
Apenas 3% dos caminhoneiros estavam rodando normalmente no momento da entrevista. A grande maioria estava em casa, e apenas 24% em manifestação, nas estradas. Portanto, ainda que tenham reduzido os bloqueios nas estradas, boa parte dos motoristas ainda não retornaram ao trabalho.
PERSPECTIVA
A depender da disposição dos caminhoneiros, a discussão ainda está longe de terminar. 65% informou estar disposto a continuar parado até alcançar as reivindicações. Este percentual poderia indicar que os compromissos assumidos pelo governo ainda não foram totalmente disseminados entre a categoria. Porém, quando perguntados sobre o que falta para acabarem com a paralisação, as principais respostas são “Redução maior ainda no preço do diesel”, e “Garantias de que o preço será controlado no longo prazo”, evidenciando uma falta de confiança nos compromissos assumidos.