Tristeza, cansaço e medo são os principais sentimentos dos brasileiros sobre a polarização política no Brasil
A pesquisa, que ouviu 2.000 pessoas em 131 municípios, mostra que os sentimentos mais citados pelos brasileiros em relação à polarização política são, em patamares próximos entre si, tristeza (19%), cansaço (17%) e medo (16%). A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais.
Pergunta: Qual desses sentimentos mais representa o que o(a) sr(a) sente em relação à polarização política no Brasil? (Estimulada - %)
Entre aqueles que avaliam o governo do presidente Lula como ruim ou péssimo, o sentimento de tristeza atinge 27% e diminui para 10% entre os que avaliam como ótimo ou bom. Expressam mais a tristeza os que votaram em Bolsonaro (24%) do que os que votaram em Lula (13%) nas últimas eleições. Já os entrevistados do Norte e Centro-Oeste (23%) se mostram mais tristes com a polarização política do que os que vivem no Nordeste (13%).
A indiferença é o sentimento mais comum entre os que consideram a gestão federal como “regular” (19%), em comparação aos que a avaliam como ótima/boa ou ruim/péssima (10% em cada segmento).
Destaca-se ainda que, entre brasileiros com 60 anos ou mais, a parcela que prefere não opinar a respeito chega a 18%. Além disso, o patamar dos que não opinam é maior entre os menos instruídos na comparação com os que têm ensino superior (15% e 5%, respectivamente).
A análise pelos demais recortes sociodemográficos (como sexo, renda, raça/cor, religião, condição e porte do município), mostra, em geral, resultados alinhados ao encontrado no total da amostra para os sentimentos principais, sem variações estatisticamente significativa.
Sobre a pesquisa
Pesquisa quantitativa realizada a partir de entrevistas domiciliares, face a face, com o objetivo de conhecer o sentimento dos brasileiros em relação à polarização política. O levantamento aconteceu entre os dias 04 e 08 de dezembro de 2025, quando foram realizadas 2000 entrevistas, em 131 municípios brasileiros. A amostra foi elaborada com base em dados do Censo 2022 e PNADC 2023, com controle de cotas pelas variáveis sexo, idade, escolaridade, raça/cor e ramo de atividade. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, e a margem de erro máxima estimada para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
