What Worries the World - Setembro de 2024

O tema Ameaças ao Meio Ambiente alcançou um novo patamar de relevância, com 17% das citações o número é um novo recorde desta apreensão.

Em setembro, a tríade de preocupações dos brasileiros permanece ocupando as mesmas posições. “Crime e Violência”, com 40% das menções, seguem na liderança, com uma leve queda de – 2 p.p. em relação a agosto; seguido por “Pobreza e Desigualdade Social” que se mantém estável em 38% e “Saúde” em terceiro lugar com 36% (-2 p.p. em relação ao mês anterior). 

No entanto, um dos destaques desse mês foi o grande crescimento da preocupação com “Ameaças ao Meio Ambiente”, atingindo 17% das menções (+6% em comparação com agosto). O número é um novo recorde desta apreensão. Entre todos os 29 países pesquisados, o Brasil lidera nesta preocupação à frente de Holanda e Suécia. Os inúmeros casos de queimadas que assolam o país trazem à tona uma pauta importantíssima, mas que antes ficava restrita a discussões muito nichadas. Agora, com o problema já impactando diretamente o dia a dia das pessoas, o apelo midiático coloca essa preocupação em evidência para a população. 

A apreensão com “Mudanças Climáticas” (15%) também cresceu + 4 p.p. este mês, já que são temas diretamente conectados. E com a previsão de ondas de calor e estiagem durante os próximos meses, ambas as pautas tendem a entrar de vez na agenda de grandes preocupações dos brasileiros.
Olhando para o cenário global, vale a pena destacar uma mudança importante: a “Inflação” que liderava por quase três anos o ranking da média global, perde a liderança pela primeira desde o fim da pandemia para “Crime e Violência”, que assume o top do ranking (muito impulsionado pelo seu crescimento na região Latam – dos 6 países mais preocupados com o tema, 4 são latino-americanos, incluindo o Brasil). Nos Estados Unidos, no entanto, a “Inflação” segue liderando como principal preocupação de maneira isolada, com quase o dobro de menções frente ao segundo lugar que é a pauta da criminalidade. Esse indicador é um claro sinal aos candidatos do pleito presidencial que a economia é, disparadamente, a principal apreensão dos estadunidenses hoje. 
 

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