90% dos brasileiros acham que empresas devem reduzir embalagens plásticas

Pesquisa sobre plástico de uso único foi feita em 28 países

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil
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Redução, reutilização e reciclagem: estes são os três destinos que todas as empresas deveriam dar às embalagens plásticas que produzem, de acordo com nove em cada dez brasileiros. O resultado foi obtido por meio de uma pesquisa feita pela Ipsos, em parceria com o movimento Plastic Free July.
Entre os 28 países que integram o levantamento, o Brasil foi o que registrou maior apoio a essas práticas, empatado com China, Grã-Bretanha e México – todos com 90%. Os menores índices foram identificados entre os entrevistados no Japão (72%), Arábia Saudita (79%), Coréia do Sul (79%) e Rússia (79%).  A média global é de 85%. 
Quanto menos plástico, melhor
A maioria dos consumidores em todos os países pesquisados prefere produtos que utilizam a menor quantidade de embalagens plásticas possível, sendo os entrevistados da China (92%), México (92%) e Colômbia (92%) os que mais concordam com a afirmação. 
O Brasil ficou em 6º lugar, com apoio de 86% dos respondentes, acima da média global (82%). Mesmo os países que ficaram nas últimas posições neste ranking, registraram índices acima de 50%: Japão (56%), Estados Unidos (71%) e Holanda (73%).    
Banimento
Questionados se o uso de plásticos de uso único (aqueles que possuem vida útil muito curta) deveria ser banido em seu país, 79% dos entrevistados no Brasil concordaram com a afirmação. É o décimo maior nível de concordância entre as 28 nações que participam da pesquisa e está acima da média global (75%).
Os maiores índices foram registrados entre os respondentes da Colômbia (89%), México (88%) e Chile (88%). Os menores, entre os do Japão (37%), Estados Unidos (55%) e Canadá (66%).     
Tratado internacional
Em média, 88% das pessoas pesquisadas nos 28 países acreditam que é essencial, muito importante ou bastante importante haver um tratado internacional para combater a poluição por plástico. Entre os brasileiros, o nível de apoio à medida é ainda maior: 92%.
México (96%), Peru (95%) e China (95%) registraram os maiores índices de concordância com a viabilização de um tratado internacional sobre a questão. Já Japão (70%), Estados Unidos (78%) e Canadá (79%), apesar dos índices significativos, estão distantes de um apoio massivo.    
Análise
Para o CEO da Ipsos no Brasil, Marcos Calliari, os resultados da pesquisa evidenciam um consenso global sobre a utilização dos plásticos de uso único. “Os dados comprovam que a maioria da população enxerga com bastante nitidez os prejuízos do uso excessivo deste tipo de material e que boa parte mudou ou está disposta a mudar seus hábitos de consumo neste sentido.”
Calliari comenta que o alto número de pessoas propensas a apoiar a existência de um tratado internacional sobre a questão – beirando a unanimidade em países da América Latina e dos BRICS – revela, ainda, uma outra percepção comum à maioria dos entrevistados nos 28 países. “As pessoas enxergam o problema como algo global e que demanda soluções coletivas”, afirma.   
Sobre a pesquisa
A pesquisa foi feita de forma on-line, entre os dias 20 de agosto e 3 de setembro de 2021. Foram entrevistados 20.513 adultos, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. 
Além do Brasil, participaram da pesquisa: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Rússia, Suécia e Turquia. 
 

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil

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