Brasileiros apontam LGBT+ como grupos mais discriminado, seguido de mulheres e pessoas com deficiência
Quatro em cada dez brasileiros (40%) acreditam que gays, lésbicas e bissexuais pertencem ao grupo que mais sofre discriminação no país. Em segundo lugar aparecem as mulheres, com 39%, seguido pelas pessoas com deficiência física, com 38%. O Brasil está acima da média global nessas três categorias, que têm 24%, 26% e 33%, respectivamente. A soma dos dados ultrapassa 100%, já que os entrevistados poderiam indicar mais de uma opção. Os dados foram apurados por meio da pesquisa “Equalities Index 2023”, realizada pela Ipsos em 33 países, com o intuito de medir a percepção da população em relação à igualdade social. Esta é a primeira edição da pesquisa, que deve ser realizada anualmente para medir as mudanças da sociedade.
LGBTQIAPN+
Outra categoria também tem destaque no Brasil são pessoas transgêneros e não-binárias. O país está na segunda posição do ranking global sobre acreditar que pessoas transgêneras ou não-binárias sofrem tratamento desigual/injusto no país, com 30%, ficando apenas atrás da Polônia (35%). Em terceiro lugar estão os Estados Unidos (29%). A média global é de 22%.
Responsabilidade
Para 73% dos brasileiros, é o governo quem deveria assumir a responsabilidade de tentar diminuir a desigualdade no país. O Brasil está em nono lugar no ranking da média global, que é de 66%. Nas primeiras posições dos que mais crêem na responsabilidade do Governo estão Romênia (79%), Indonésia (77%) e Coreia do Sul (76%), Argentina (76%), África do Sul (76%) e Turquia (76%). Já os que menos concordam com essa afirmativa são Índia (40%), Estados Unidos (48%) e Suíça (52%). A média global é de 66%.
Os brasileiros atribuem essa responsabilidade, em segundo e terceiro lugar, a organizações de advocacia (24%) e à mídia (23%). Na média global, vem a mídia (26%) em segundo lugar e os empregadores (25%) em terceiro.
Sobre a pesquisa
A pesquisa “Equalities Index 2023” foi realizada pela Ipsos em 33 países, com 26.259 entrevistados, sendo aproximadamente mil entrevistados no Brasil, entre 17 de fevereiro a 3 de março. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.