47% dos brasileiros têm interesse pela Olímpiada de Inverno 2022

Levantamento feito em 28 países mostra que os chineses, anfitriões do evento, são os mais interessados na competição

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil
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Uma pesquisa realizada pela Ipsos aponta que 47% dos brasileiros estão interessados nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim, que serão realizados na capital chinesa a partir da próxima sexta-feira, 4 de fevereiro. Além do Brasil, cidadãos de outras 27 nações foram entrevistados.
O interesse dos brasileiros pelo evento esportivo acompanha a média global (46%). Os chineses, anfitriões desta edição dos Jogos, lideram o ranking: 84% responderam de forma afirmativa. Em seguida, aparecem Índia e África do Sul – 70% e 62%, respectivamente. 

A Alemanha puxa a lista das nações menos entusiasmadas. Para 70%, a competição de inverno não desperta interesse. Logo após, empatadas com 68%, estão Canadá, Grã-Bretanha e Bélgica.

Cenário pandêmico

Os entrevistados foram questionados se apoiam a realização do evento em meio à pandemia. Para 52% dos entrevistados em todos os países, o evento deve ser mantido, contrapondo outros 48%. Os brasileiros estão divididos: metade (50%) defende a realização.

O maior apoio à realização das Olímpiadas de Inverno com a pandemia em curso foi registrado no país anfitrião: 80% dos entrevistados na China mostraram-se favoráveis. A lista de países que mais apoiam a competição é seguida por Rússia (74%), Polônia (70%) e Índia (67%). 
No lado oposto, contrários à realização, estão a Coréia do Sul, com 70% de rejeição, Canadá (66%) e Japão (63%). 

Esportes populares
A pesquisa pediu para que os entrevistados escolhessem os três esportes mais interessantes da competição. A patinação artística foi escolhida por 27% dos respondentes. Na sequência, aparecem salto de esqui e hóquei no gelo – ambos com 18% –, patinação de velocidade (15%) e snowboard (13%). 
Os brasileiros entrevistados também declararam seu maior interesse pela patinação artística que aparece no topo da lista com 38% das menções. Em seguida vem snowboard (20%), hóquei no gelo (18%) e patinação de velocidade (16%). 

Doping
 69% dos entrevistados globais afirmam que atletas de países que foram oficialmente barrados por doping ainda devem ser autorizados a competir sob a bandeira olímpica de seu país, excluindo apenas os atletas que fizeram usos de substâncias proibidas.  
As nações que mais concordam com a liberação são Arábia Saudita (78%), Índia (76%) e Bélgica (75%); já os menores índices de apoio à ideia foi registrado entre os respondentes de Alemanha, Hungria (ambas com 61%) e Turquia, Suécia (ambas com 62%). No Brasil, 71% são favoráveis.  
Posicionamentos
No geral, 55% afirmam que é apropriado que os atletas se posicionem publicamente sobre questões sociais ou políticas durante a Olimpíada de Inverno 2022. As nações que mais concordam são Índia (74%), Alemanha (72%) e Arábia Saudita (70%). O Brasil aparece mais abaixo, com 61% favoráveis. 

No entanto, em alguns países o apoio a posicionamentos de atletas durante a competição é baixo. É o caso da Hungria (37%), França (39%) e Coreia do Sul (42%). 

Nacionalismo
Para 57% dos entrevistados globais, a competição demonstra excesso de nacionalismo. A lista dos países que mais enxergam esse exagero é liderada pela Arábia Saudita e Turquia – ambas com 77% de respostas afirmativas. Em seguida, também em empate, estão Brasil e Índia, com 73%.  

No lado oposto está a Suécia, com apenas 35% de pessoas que veem nacionalismo demais na competição. Depois estão Polônia (37%) e França (41%). 
Paraolimpíadas
De maneira geral os entrevistados demonstraram pouco conhecimento em relação à competição paraolímpica. Um em cada dois (50%) afirmaram não conhecer os esportes apresentados. 

Quando questionados sobre a cobertura midiática em seus países, 60% concordaram com a frase "as notícias e a mídia esportiva do meu país dão uma boa cobertura aos Jogos Paralímpicos". Neste quesito os brasileiros aparecem próximo à média global, com 61% de concordância. 
Sobre a pesquisa
A Ipsos entrevistou 20.025 adultos, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 23 de dezembro de 2021 e 7 de janeiro de 2022. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais. 
Além do Brasil, integram a pesquisa: Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia,  Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Turquia e Estados Unidos.

Autor(es)
  • Marcos Calliari CEO Ipsos no Brasil

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