Índice de Confiança do Consumidor - Dezembro de 2024

Em dezembro de 2024, o índice registrado foi o mesmo do mês anterior, 51,9%. No entanto, essa estabilidade não traduz um cenário de confiança, já que ao longo do ano de 2024, todos os meses registraram declínios no índice. A continuidade dessa tendência de queda parece provável, especialmente à luz da crescente preocupação com a inflação, que voltou a figurar entre as cinco principais preocupações dos consumidores, com 26% das menções – um aumento de +2 p.p. em relação ao mês anterior e +4 p.p. em comparação com dezembro de 2023.

O cenário econômico do Brasil permanece instável, refletido na queda de -4,28% da Ibovespa em dezembro e no acumulado negativo de -10,35% ao longo do ano. Além disso, o dólar atingiu recordes históricos, e o IPCA acumulou uma inflação de 4,68% em 2024, em comparação com 3,15% em 2023, pressionando ainda mais os gastos de fim de ano da população. Essas condições econômicas difíceis contribuem para a percepção de risco econômico e impactam negativamente a confiança do consumidor, remetendo às flutuações nos índices de confiança que têm implicações significativas para negócios e formuladores de políticas.

Em contraste, a Argentina experimentou um aumento significativo no seu índice de confiança do consumidor, com um incremento de +8.0 pontos. Isso se deve ao primeiro ano de governo de Javier Milei, que implementou políticas econômicas bem-sucedidas que reduziram a inflação e promoveram o crescimento econômico, gerando um clima de otimismo entre a população.

Nos Estados Unidos, a eleição de Donald Trump também impulsionou um aumento de +6.5 pontos na confiança do consumidor, refletindo promessas de melhorias econômicas que trouxeram um novo vigor ao mercado.
Essas mudanças refletem tendências regionais e globais que são cruciais para entender o comportamento do consumidor em um contexto mais amplo. As flutuações nos índices de confiança têm significativas implicações para negócios e formuladores de políticas, oferecendo insights para decisões estratégicas. Olhando para o futuro, a expectativa por pacotes fiscais e mudanças políticas continua a gerar incertezas, mas também oportunidades para adaptação estratégica neste novo cenário econômico.