What Worries the World - Novembro de 2024

Em novembro, Crime e Violência mantém a liderança, subindo +1 p.p. em relação ao mês anterior, atingindo 42% das menções. Na sequência, Pobreza e Desigualdade social recupera a queda que sofreu em outubro, voltando a subir os mesmos + 7p.p. neste mês, com 38% das menções, e ficando no segundo lugar. Saúde, com uma queda de- 2 p.p., aparece em terceiro, com 37%.

A manutenção deste top três segue em linha com as grandes pautas frequentemente abordadas nas mídias e que são, inegavelmente, problemas estruturais da nossa sociedade.

Crimes midiáticos como o assassinato de um empresário delator de esquemas do PCC dentro do maior aeroporto do país, e o atentado a bomba contra o STF são alguns atos do que tiveram ampla cobertura e deixaram a violência no topo dos assuntos mais discutidos no país. A pobreza também teve forte repercussão sendo um dos principais temas endereçados no G20, realizado há poucas semanas no Brasil, com o nosso país liderando uma aliança global inédita contra fome e pobreza.

Um dos destaques deste mês, é a volta da preocupação com os Impostos ao top 5, com 26% das menções, +6 p.p. em comparação com o mês anterior. Além de ser uma preocupação comum em meses próximos à virada de ano, pela proximidade com a época de impostos que pesam consideravelmente no orçamento da população, como IPTU e IPVA, a pauta também segue forte nas mídias, com as discussões sobre os impostos sobre pets e a taxação das grandes fortunas.  

Olhando um pouco para o cenário vivido por nossos vizinhos, a Argentina apresenta uma das menores preocupações históricas com inflação no país. A queda nos últimos 12 meses foi de -29 p.p. No entanto, dispararam as preocupações com o Desemprego (a maior na América Latina hoje e a segunda maior entre todos os países pesquisados atrás da África do Sul) e com a Pobreza e Desigualdade, que aparece em segundo lugar. Os dados ilustram bem o momento argentino, que focou, neste primeiro ano da gestão Milei, na resolução dos complexos problemas econômicos do país, mas cujas medidas seguem impactando fortemente os cidadãos.

Na média dos 29 países, Crime e Violência voltou a subir e empatou com inflação, ambas apreensões ocupam o 1º lugar com 32% das menções.    
Outro tema avaliado na pesquisa, é a percepção de Rumo Certo/Errado na visão dos cidadãos. No Brasil, hoje, 61% dos entrevistados dizem que o país está no rumo errado. 

Em novembro do ano passado, 50% das pessoas no Brasil achavam que o país estava no rumo certo e a outra metade no rumo errado. Desde entanto, a percepção de rumo errado seguiu subindo, ficando entre agosto e outubro deste ano em 58%, e agora em novembro subindo +3 p.p. O número é o pior desde o fim do governo Bolsonaro, quando em dezembro de 2022, 60% dos brasileiros tinham uma visão negativa sobre o rumo na nação. Diferentemente do Brasil, a percepção de rumo certo no México, segue crescendo mês a mês, deixando o país entre as cinco nações com visão mais otimista neste quesito.