Workshops de ideação: IA ao serviço da criatividade humana

O viés de familiaridade e o medo são alguns dos obstáculos que impedem os participantes de workshops de chegarem a ideias inovadoras. Não sendo um substituto das equipas, a IA generativa pode fomentar o pensamento divergente e alargar o leque de possibilidades.

Ipsos | Conversations with AI | Generative AI | WorkshopsA inovação não vive sem boas ideias. Os worskhops de ideação são o espaço de excelência para equipas criarem conceitos e abordagens diferenciadoras. No entanto, para esses espaços de cocriação serem eficazes é preciso contornar alguns obstáculos recorrentes, como um mau enquadramento do desafio em questão, preconceitos dos participantes ou medo de errar. Reformular o desafio é um bom ponto de partida para o surgimento de ideias inovadoras. Na prática, reenquadrar o desafio significa mudar de perspetiva. Imagine, por exemplo, que está a conduzir um estudo sobre a melhoria da experiência do viajante num aeroporto internacional. O uso da técnica How Might We pode ser muito útil para evitar o viés da familiaridade e descartar soluções óbvias nesse domínio. A tendência de nos apegarmos ao que nos é familiar acaba por limitar a nossa capacidade de imaginar alternativas. Mas essa inclinação não é uma inevitabilidade. Se experimentamos olhar para o problema de outro ângulo, podemos fintar as nossas ideias feitas e, quem sabe, transformar as salas de espera dos aeroportos em espaços mais versáteis, melhorando, em última análise, a experiência para todos os viajantes.

Como defendemos neste terceiro paper da série Conversations with AIa Inteligência Artificial (IA) generativa tem um enorme potencial para incentivar o pensamento divergente e produzir ideias inovadoras. Pode ser usada para comunicar ideias de uma forma simples mas expressiva, integrando conceitos já existentes. A IA também pode produzir uma série de perguntas How Might através de instruções bem elaboradas, desafiando o conhecimento das equipas sobre um assunto em particular e incentivando-as a reconsiderar os seus objetivos.

É, porém, importante sublinhar que a IA generativa foi desenvolvida para devolver respostas lógicas, enquanto o reenquadramento requer perguntas não óbvias para inspirar a criatividade. Por esse motivo, os participantes de um workshop continuam a ser essenciais para reenquadrar tópicos e selecionar afirmações de forma eficaz. Em vez de ser o principal criador, a IA generativa deve ser vista como um membro valioso da equipa.  

Descarregue o white paper 

Gostou deste paper? Leia mais artigos da série especial dedicada à IA generativa 

No artigo inaugural da série, exploramos a importância da arte de saber perguntar para tirar o máximo partido das soluções de IA emergentes. O segundo artigo debruça-se sobre o modo como a IA pode ser usada em estudos de mercado qualitativos e na avaliação de desempenho dessa tecnologia na transcrição de entrevistas e focus groups, tradução de textos e análise de sentimentos.

 

Sociedade