87% dos brasileiros acham que 2021 foi um ano ruim para o país
Você concorda ou discorda que 2021 foi um ano ruim para o país? Este foi um dos questionamentos da pesquisa Global Advisor Predictions 2022, feita pela Ipsos no Brasil e outras 32 nações. Quase nove em cada dez entrevistados brasileiros (87%) concordaram com a afirmação, índice acima da média global (77%).
A visão negativa da população brasileira sobre o ano passado é a quinta maior identificada pelos pesquisadores da Ipsos, atrás de Romênia (89%), Coreia do Sul (89%), Espanha (89%) e Argentina (88%). Os entrevistados da China (41%), Arábia Saudita (48%) e Dinamarca (58%) são os que menos concordaram com a afirmação de que o ano foi ruim para seus países.
Saindo da esfera coletiva para a pessoal, muitos entrevistados manifestaram outra opinião: no Brasil, 70% acham que o ano foi ruim para si e sua família. O índice é significativo e acima da média global (56%), mas 17 pontos menor em comparação ao sentimento negativo sobre os últimos 12 meses para o país.
Os brasileiros ocupam a quarta posição entre os mais desapontados com as próprias trajetórias pessoais e de suas famílias ao longo de 2021. A população da África do Sul (77%) lidera a lista, seguida por Coreia do Sul (74%) e Turquia (74%). Os menores níveis de insatisfação foram identificados entre chineses (39%), suecos (40%) e holandeses (42%).
Otimismo para 2022
No Brasil, tão alto quanto o sentimento de negatividade ao olhar para trás é o de otimismo ao projetar o futuro: 82% dos entrevistados acreditam que 2022 será melhor que 2021. O mesmo percentual foi registrado entre os que pretendem traçar objetivos e resoluções pessoais para o novo ano. Os índices superam as médias globais, de 77% e 75%, respectivamente.
A aposta em uma economia mundial mais forte em todo o mundo no próximo ano contribui para as expectativas positivas: 65% dos brasileiros acreditam que, neste aspecto, o desempenho econômico ao redor do planeta será melhor em comparação a 2021. A média global é 61%.
As expectativas pessoais para 2022 são mais altas entre os entrevistados da China (94%), Arábia Saudita (90%) e México (90%). Os que menos vislumbram melhores perspectivas para si são os japoneses (54%), belgas (58%) e turcos (59%).
Vacinação no mundo
O otimismo do brasileiro passa, ainda, pela imunização contra a Covid-19 no planeta. Para 76% dos entrevistados no país, mais de 80% da população mundial terá recebido, pelo menos, uma dose da vacina em 2022. É o quarto maior índice entre as 33 nações pesquisadas e está 20 pontos percentuais acima da média global (56%).
Os peruanos são os que mais acreditam em um avanço significativo da vacinação contra a Covid-19 no mundo em 2022 (81%). Os suíços são os mais céticos: 55% acham que o mundo não alcançará esta marca de 80% da população com pelo menos uma primeira dose no próximo ano.
Sobre a pesquisa
A Ipsos entrevistou, entre o 22 de outubro e o 5 de novembro 2021, 22.023 adultos, com idades entre 16 e 74 anos, de 33 países, sendo 1.000 no Brasil por meio de entrevistas on-line. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.
Além do Brasil, integram a pesquisa: Austrália, Canadá, China, Singapura, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Japão, Espanha, Estados Unidos, Argentina, Bélgica, Chile, Colômbia, Dinamarca, Hungria, Índia, Israel, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Romênia, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia, Suíça e Turquia.