De 28 países, Brasil é o 3º menos satisfeito com a infraestrutura nacional
De cada 5 pessoas no Brasil, apenas 1 se considera satisfeita com a estrutura do país. É o que aponta a pesquisa Global Infrastructure Index 2021, realizada pela Ipsos com entrevistados de 28 nações. Entre os brasileiros, 21% se dizem muito ou razoavelmente satisfeitos com a infraestrutura local, 22% não estão nem satisfeitos e nem insatisfeitos, 54% estão muito ou razoavelmente insatisfeitos e 3% não souberam responder.
De 28 países, os brasileiros estão entre os que apresentaram um dos percentuais de satisfação mais baixos. Em primeiro lugar, está a Itália (18% de satisfação), a Hungria fica em segundo (20%) e, na terceira posição, estão empatados o Brasil e a Colômbia (ambos com 21%). Na média de todos os entrevistados avaliados na pesquisa, o percentual de satisfação com a infraestrutura é consideravelmente mais alto, de 39%. China (77%), Arábia Saudita (75%) e Holanda (74%) são os países em que as pessoas estão mais satisfeitas com a infraestrutura local.
Além disso, os respondentes brasileiros estão em segundo lugar – entre as 28 nações – dos que mais concordam que o Brasil não está fazendo o bastante para suprir as necessidades locais de infraestrutura. Três quartos (75%) estão de acordo com a afirmação. Apenas a África do Sul possui um índice de descontentamento maior, de 79%. Em terceiro lugar está o Peru (72%). Globalmente, pouco mais da maioria (58%) acredita que seu país não está fazendo o suficiente para atender as próprias necessidades de infraestrutura.
Para suprir o déficit na infraestrutura, a maior parte dos entrevistados no Brasil se mostra receptiva aos investimentos privados. 68% afirmam concordar que empresas invistam em infraestrutura se isso significar que o país terá a infraestrutura de que precisa. Na média global, o percentual que concorda com a atuação da iniciativa privada na infraestrutura nacional é de 63%.
Por onde começar?
Os participantes da pesquisa avaliaram quais dos investimentos em infraestrutura deveriam ser prioritários em seus países. No Brasil, os entrevistados disseram que devem ser considerados como prioridade os investimentos em abastecimento de água e saneamento (63%), nova oferta de moradias (53%), soluções contra enchentes (52%), infraestrutura para energia solar (46%) e energia eólica (37%).
Ao considerarmos a média dos respondentes dos 28 países, a prioridade segue sendo os investimentos em abastecimento de água e saneamento (42%), seguido da infraestrutura de energia solar (39%), soluções contra enchentes (36%), novas ofertas de moradias (34%) e calçadas, trilhas e áreas para pedestres (33%).
Segundo os entrevistados, o avanço na infraestrutura traz, como contrapartida, o desenvolvimento do setor econômico. Para 84% dos brasileiros, o investimento em infraestrutura criará novos empregos e impulsionará a economia. Globalmente, o percentual que está de acordo com a frase é de 75%, sendo que África do Sul (90%), Peru (88%) e China (87%) são os que mais concordam.
A pesquisa on-line foi realizada com 19.514 entrevistados com idades entre 16 e 74 anos de 28 países, sendo mil brasileiros. Os dados foram coletados de 23 de julho a 06 de agosto de 2021, e a margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.