Índice de Confiança do Consumidor - Abril 2025

Retomada do otimismo está alinhada a uma série de sinais positivos vindos do cenário econômico e político nas últimas semanas.

Em abril, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Brasil registrou uma melhora mais consistente, subindo 2,2 pontos em relação ao mês de março e atingindo 51,3 pontos – voltando a ficar acima da linha da neutralidade. 

Um dos principais elementos que contribuíram para essa melhora foi a desaceleração da inflação, especialmente com a queda no IPCA de março, que registrou um aumento abaixo do esperado. Essa leve queda no ritmo de crescimento dos preços gerou um certo alívio na população que vinha sendo impactada repetidamente pelos aumentos de preços.

A isenção de imposto de renda para pessoas que ganham até 5 mil reais, medida tomada pelo governo recentemente, também foi recebida de maneira positiva e representou um respiro a uma parcela expressiva da população que será beneficiada pela ação. Outras ações do governo como os programas Pé de Meia e os empréstimos consignados com desconto no FGTS também foram novidades bem recebidas.

Olhando o cenário internacional, a Argentina continuou a enfrentar desafios em abril, com o ICC do país registrando queda de 2,1 pontos, atingindo 48,1 pontos. Apesar da melhora na inflação local, com a taxa de março abaixo dos 9%, a economia argentina ainda está marcada pela instabilidade política e pela elevada volatilidade cambial. A implementação de políticas de austeridade fiscal pelo governo de Javier Milei tem gerado uma sensação de incerteza entre os consumidores, que aguardam sinais claros de recuperação econômica.

Nos Estados Unidos, em mais um mês de queda consecutiva, o índice caiu -1,2 pontos em abril, evidenciando uma tendência contínua de deterioração na confiança dos consumidores. Essa queda, embora sutil, reflete preocupações persistentes com o mercado de trabalho e o custo de vida. Além disso, os preços de alimentos e combustíveis continuam elevados, pressionando o orçamento das famílias. Além disso, toda a repercussão negativa do famigerado tarifaço, vem afetando também a confiança das pessoas, que temem que os reflexos sejam tão turbulentos dentro de país, como estão sendo na economia global.

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