Professores, cientistas e médicos são os mais confiáveis para os brasileiros
A edição 2022 da pesquisa ‘Confiabilidade Global’, feita pela Ipsos, mediu a percepção de cidadãos de 28 países sobre a confiança nas principais profissões. Entre os brasileiros, 64% apontaram os professores como os mais confiáveis. Logo em seguida, vêm cientistas (61%) e médicos (59%).
Neste recorte, os brasileiros seguem a tendência mundial, com diferença apenas na ordem de confiança. A média global das respostas aponta que médicos, cientistas e professores - nesta sequência - são confiáveis para 59%, 57% e 52%, respectivamente.
“Médicos e cientistas continuam gozando de alto prestígio entre as populações dos 28 países pesquisados, mantendo os altos níveis de confiança alcançados nas edições desta mesma pesquisa realizadas nos dois últimos anos, quando a situação da pandemia era mais acentuada. O Brasil se diferencia por colocar os professores no topo deste ranking”, avalia Ronaldo Picciarelli, diretor de Clientes da Ipsos.
Na outra ponta do ranking, aparecem os políticos como os que menos gozam da confiança dos brasileiros: 76% não os acham confiáveis. Em seguida, ministros do governo e banqueiros foram mencionados por 64% e 53%, respectivamente. Considerando a média global, os cargos de menor confiança no mundo são políticos, ministros e executivos de publicidade – mencionados em 64%, 55% e 43% das listas, respectivamente.
Destaques do Brasil
Com índice de confiança de 64% nos professores, o Brasil aparece em segundo lugar no ranking mundial entre os que mais confiam na categoria. De acordo com as respostas dos outros países, apenas a China apresentou maior confiança: 66%. Atrás do Brasil, o Chile aparece com 63% de confiabilidade na profissão e completa o top 3.
Outro destaque brasileiro é a confiança limitada nas Forças Armadas. O Brasil aparece entre os menores índices de confiança do mundo nesta profissão. De acordo com a pesquisa, em ordem decrescente, os membros das forças armadas são confiáveis para apenas 30% dos brasileiros (mesmo índice registrado entre os poloneses); 29% dos colombianos; 28% dos sul-africanos; e, finalmente, 25% dos sul-coreanos. Globalmente, o resultado é bem diferente: 41% dos respondentes ao redor do mundo confiam nas Forças Armadas, colocando a profissão na quarta posição do ranking.
Sobre a pesquisa
A Ipsos entrevistou, de forma on-line, 21.515 pessoas, sendo aproximadamente 1.000 no Brasil, entre 27 de maio e 10 de junho de 2022. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais. Além do Brasil, integram a pesquisa: Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia e Estados Unidos.