O que preocupa o mundo - Fevereiro de 2025
Isso revela um país em alerta, diante de uma série de desafios sociais. Esse cenário de tensão é um reflexo das dificuldades acumuladas nos últimos meses, com uma sensação crescente de insegurança e precariedade. A inflação, que subiu +7 p.p, é a preocupação que mais cresceu. Esse aumento está diretamente ligado ao alto custo de vida, especialmente o preço da cesta básica, que continua a pesar no bolso das famílias.
Os impostos, que subiram +2 p.p, seguem o ciclo anual de pagamento de tributos típicos desse período. Embora esse aumento fosse esperado, ele ainda causa desconforto. Além da sazonalidade, a insatisfação com os impostos reflete o impacto de uma carga tributária que, em tempos de crise de poder de compra, só parece aumentar. Com a inflação pressionando as finanças, muitas famílias se veem forçadas a cortar gastos essenciais para tentar equilibrar o orçamento.
A percepção de que o Brasil está no rumo errado atingiu 66% dos entrevistados, um aumento de +5 p.p em relação ao mês anterior. Esse pessimismo é um reflexo da falta de confiança nas políticas econômicas do governo. A sensação de que os problemas estruturais, como corrupção e violência, continuam sem soluções claras só alimenta esse cenário. A falta de resultados concretos nas áreas mais sensíveis da administração pública gera um vácuo de confiança, deixando a população ainda mais cética quanto à capacidade do governo de promover mudanças duradouras. Tudo isso tem criado um mal-estar crescente sobre o futuro do país.
No cenário internacional, a situação é diferente. Nos Estados Unidos, houve uma leve melhora na percepção do rumo do país, indicando um pequeno alívio nas tensões políticas e econômicas. Na Argentina, embora a inflação tenha permanecido controlada, problemas como a pobreza e o desemprego continuam sendo as maiores preocupações da população.
