Índice de Confiança do Consumidor - Junho de 2024
O Índice de Confiança do Consumidor, monitorado pela Ipsos em 29 países, apresentou uma leve melhora no Brasil neste mês. Após quatro meses consecutivos de queda, o indicador brasileiro subiu +0,6 pontos, fechando o mês com 52,3 pontos. O número mantém o Brasil acima da linha de neutralidade (50 pontos) indicando uma leve tendência otimista no consumo.
No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o índice brasileiro segue em queda, - 6,3 pontos, a terceira pior média entre os 29 países pesquisado – atrás apenas de Turquia (-6.8) e Peru (-7,8), ambos sendo também os dois países com os piores índices de o ranking geral.
Apesar da leve melhora em junho, diante da instabilidade e fortes quedas, a situação do indicador brasileiro não é boa: a economia do país permanece em um momento delicado e conturbado, o que não propicia uma estabilidade para um crescimento mais expressivo da confiança dos consumidores. O dólar segue atingindo altas recordes e os desastres ambientais no Rio Grande do Sul conferem ainda mais instabilidade ao cenário econômico de todo o país. Segundo o IBGE, o IPCA subiu 0,46% no último mês, com uma forte alta dos alimentos já refletindo os efeitos das chuvas no RS, especialmente em itens como a batata. A gasolina também subiu 5% desde o início do ano, mostrando que aquilo que chega ao bolso do consumir brasileiro são reflexos negativos.
Olhando ainda a situação de outros países que temos observado de perto, a Argentina, assim como o Brasil, teve uma alta discreta neste mês (+0,8 pontos), fechando junho com 43,9 pontos. O indicador argentino permanece abaixo da linha do otimismo, o que reflete a grande instabilidade que também vive o nosso vizinho no âmbito econômico.
Já os Estados Unidos, segue no caminho oposto às duas nações sul-americanas, com uma leve queda de -0,5 pontos. O indicador estadunidense, no entanto, segue sendo o mais alto entre os três, com 53,8 pontos na escala de 0 a 100.
Por fim, este mês também destaco Israel, como o país que apresentou a maior queda entre as nações pesquisadas, -4,8 pontos, fechando o mês com 43,9 pontos. Desde o início dos conflitos armados, o país vinha mantendo uma estabilidade econômica e a confiança do consumidor não vinha sofrendo grandes alterações. Porém, as posturas polemicas das lideranças do país, que se recusam em aceitar um cessar-fogo, recentemente levou diversos países, inclusive os EUA, seu maior aliado, a impor sanções econômicas à nação do levante, o que já começa a afetar a confiança de sua população.