O impacto do turismo na vida dos portugueses
Dados públicos revelam que no ano de 2018 existiu, comparativamente com o ano anterior, um aumento da percentagem de hóspedes e das receitas turísticas em Portugal. O setor do turismo não só gerou mais emprego, como se apresenta como a maior atividade económica exportadora do país*.
Toda esta vaga crescente é reconhecida e sentida pelos portugueses. Segundo o breve estudo realizado pela Ipsos Apeme**, 95% dos inquiridos referiram que o número de turistas tem aumentado nos últimos anos.
Aos olhos dos locais, o principal motivo para tal aumento é o facto de “Portugal estar na moda” (assinalado por 71% dos inquiridos). Mas não só: a boa oferta gastronómica (54%), a existência de melhores infraestruturas para receber os turistas (47%) e a oferta de voos low cost (43%) apresentam-se como razões significativas para os inquiridos.
Mas qual a verdadeira perceção do impacto do turismo na região e nas suas vidas?
85% dos inquiridos referem que o aumento do turismo impacta positivamente a sua região.
Contudo, a avaliação do aumento do turismo não tem apenas um impacto positivo exterior (para a região), mas reflete-se também na vida pessoal de 1 em 3 inquiridos.
Como resultados positivos deste aumento do turismo, destacam-se:
- o aumento do comércio local e da economia;
- a recuperação das cidades, através da melhoria das infraestruturas, maior exploração e oferta da cultura e lazer;
- a possibilidade de “abrir fronteiras”, estreitando relação com outras culturas.
Como resultados negativos, destacam-se:
- o aumento do custo de vida dos portugueses, com a inflação dos preços e o aumento das rendas;
- a perda da qualidade de vida local, devido à sobrelotação dos espaços e maior dificuldade de deslocação (visível sobreocupação dos transportes públicos).
* Dados do INE, Banco de Portugal - 2018, consultados via Turismo de Portugal
** Questionário realizado através da plataforma Painel | Questionários Online. Foram realizadas 190 entrevistas, a indivíduos painelistas com mais de 16 anos, residentes em Portugal continental e ilhas, em Abril de 2019.